Tom Hanks é Nathan B. Forrest. Um homem Desajeitado e pouco dotado que percorre os E.U.A á procura de Jenny e da forma de serem um casal. O filme” Forrest Gump” é de 1994 e foi oscarizado em seis categorias. Pode ter mais? Sim. Um contador da história intima e pessoal que conta tudo o que um homem pode dizer a outro.
Um destes homens em que a inocência é um privilégio, que salta á vista e faz crer que as circunstâncias não são identidades, e que, as sentenças definitivas tendem a ser extemporâneas. Que todos podemos tropeçar na história e influenciá-la, ser fortes generosos e capazes de sairmos renovados a cada obstáculo.
Parece não haver importância na vida de Forrrest, que vive o lema da sua criação mas por vezes, as vidas com menos importância são vidas com mais orgulho. A rectidão moral e a capacidade de ignorar o mal têm mais de brutalidade do que de idílio doentio, até porque “ uma paz prolongada deixa os generais inquietos”. A conversa de Forrest não é escoltada pela frieza e pelos mastins da “ masculinidade”, reconhece que entre as nossas figuras históricas contamos credores invencíveis que nos encontram, e que do tempo vivemos o desafio da incerteza, e a maleabilidade das pessoas de quem gostamos. Conhecemos a dimensão dos outros e a nossa dimensão.
Compactuar com a subtiliza de quem nos governa é gerir a nossa previsibilidade e a dos nossos personagens, salvar o amor da desproporção e do susto. Ser ouvinte e ter ouvintes.